Líder do MPD promete mudança no governo e nos partidos políticos cabo-verdianos
“oh O líder do Partido Democrata garante mudanças no partido e no governo que fortalecerão a organização, a luta política e a confiança dos cabo-verdianos”, lê-se no documento divulgado na noite de segunda-feira.
O documento complementa e esclarece informações divulgadas desde que a agência realizou uma reunião na cidade da Praia, no sábado.
Apesar da derrota do partido nas eleições autárquicas de 1 de dezembro, a reunião restaurou a confiança em Ulisses Correia e Silva como candidato às eleições legislativas de 2026.
Orlando Delgado, porta-voz da direção nacional, anunciou no sábado que o partido iria transferir a sua convenção marcada para maio de 2026 para o último trimestre do ano para dar lugar a outros candidatos internos, ou legitimando a liderança de Ulisses Correia e Silva.
No seu último comunicado, o MPD esclareceu que esta expectativa era apenas uma hipótese.
“Se a evolução da situação política assim o sugerir e a própria liderança nacional reconhecer numa análise política objectiva que isso seria apropriado e poderia contribuir para o fortalecimento da dinâmica interna conducente à vitória, então é admitida a hipótese de um Congresso Nacional 2026. Eleições Legislativas”, diz o documento.
“Os atuais líderes partidários e instituições estatais, como a liderança nacional e os conselhos de governo, cumprem mandatos até maio de 2026”, acrescenta o relatório.
Além disso, segundo um comunicado do MPD, a confiança na liderança de Ulisses Correia e Silva foi apoiada por um “estudo de opinião abrangente” analisado na reunião de sábado. Acrescentou que se concluiu que “o desempenho do governo não foi a causa mais relevante do resultado”.
Concluiu que o estudo contribui para “uma análise objectiva e ampla das principais causas dos retrocessos eleitorais e aponta caminhos para ajudar o partido a responder em todas as áreas da vida política, social e económica”.
Nas eleições autárquicas de 1 de dezembro de 2024, o Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV, partido da oposição parlamentar) conseguiu dar a volta ao panorama municipal do arquipélago, conseguindo uma vitória histórica ao conquistar 15 autarquias, enquanto o MpD perdeu terreno a sete câmaras municipais.
No entanto, o PAICV deixou claro que o novo presidente do partido será eleito por eleição direta no dia 30 de março, sendo também determinados 318 representantes no congresso.
A agenda de Cabo Verde para 2026 inclui eleições legislativas e presidenciais.
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