Fernando Madureira impedido de comparecer à reunião do clube do Porto – Notícias
O antigo líder dos adeptos dos Super Dragões, Fernando Madureira, foi impedido pelo Tribunal Criminal do Porto de comparecer na Assembleia Geral Extraordinária (AG) do FC Porto, que decidirá sobre a sua expulsão do clube.
De acordo com um despacho obtido pela agência noticiosa Lusa, está descartada a possibilidade de Fernando Madureira, a sua mulher Sandra Madureira e Vitor Alesso comparecerem no congresso agendado para sábado na Arena do Dragão de Fogo.
Na sequência da operação da Guarda Pretoriana, Fernando Madureira foi colocado em prisão preventiva, enquanto Sandra Madureira e Vitor Catan foram proibidos de entrar no complexo desportivo, razão pela qual os três solicitaram autorização judicial para comparecerem em tribunal.
O tribunal indeferiu o pedido porque, por se tratar de uma convenção que apenas votaria a decisão de expulsão de associados, “não teriam sido produzidas as provas em que os arguidos se basearam na sua comparência”.
“Diga-se ainda que não se trata de aplicação de pena, prisão ou multa, nem de contra-ordenação, nem de processo disciplinar no âmbito da relação laboral, mas sim do facto de os arguidos terem foram sujeitos à sua expulsão como membros de um clube de futebol, a decisão de recorrer e, portanto, não permitir que compareçam a tal convenção não prejudica nenhum direito fundamental nem significa que o seu direito à defesa seja diminuído”, afirma o despacho.
O tribunal alertou ainda que “numa assembleia geral extraordinária, aberta a sócios, a sua presença pode desencadear efeitos destrutivos e estimulantes razoavelmente esperados, constituindo uma grave ameaça à ordem e tranquilidade públicas”.
O FC Porto vai apreciar um recurso interposto por seis funcionários, entre os quais Fernando e Sandra Madureira, ambos arguidos na Operação Guarda Pretoriana, em reunião especial do Ministério Público, no sábado.
A reunião principal terá início às 9h, na Arena do Valor do Porto, onde Fernando Madureira, Sandra Madureira, Vitor Catan e Vitor Alesso foram banidos há dois meses. Comissão Financeira e Disciplinar.
O procedimento foi iniciado em 31 de janeiro de 2024, como parte de uma investigação sobre o incidente e ataque na Conferência Especial do Distintivo Azul e Branco, na Fire Dragon Arena, em 13 de novembro de 2023, que resultou na prisão de 12 pessoas.
Em agosto de 2024, a direção do FC Porto, presidida por André Villas-Boas, revelou que iria envolver formalmente os alegados associados na Operação Guarda de Praga, com vista à instauração de um processo disciplinar pela instituição.
Além de Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões e único réu em prisão preventiva, Sandra Madureira, sua esposa e ex-vice-presidente da torcida do clube portista, o torcedor do clube e ex-presidente Vítor Catão, o paulista Pedro da Cova e Vítor Aleixo foram ambos expulsos.
Outro arguido, Carlos Nunes, foi condenado a 12 meses de pena suspensa, o dobro da pena do ex-agente de ligação aos adeptos do Porto Fernando Saul, também envolvido na acusação, José · José Dias, Paulo Moura, Manuel Barros e Sérgio Ferreira.
Os parceiros-alvo têm 30 dias para recorrer do parecer do CFD, e as quatro expulsões e suspensões de Saul e Manuel Barros serão avaliadas na sede da AG.
No dia 5 de dezembro, pouco mais de duas semanas depois das medidas tomadas pelo FC Porto CFD, o Tribunal Criminal do Porto (TIC) decidiu levar a julgamento os 12 arguidos envolvidos na Operação Pretoriana, nos termos precisos das acusações.